Também conhecida como esfênio, a titanita é um silicato de composição CaTiSiO5. Foi descrita pela primeira vez em 1787 por Marc August Pictet e foi nomeada em 1795 de titanita por Martin Klaproth, recebendo este nome devido à grande quantidade de titânio que possui. O nome esfênio foi utilizado pela primeira em 1801 por Rene Just Haüy, associando o nome ao seu formato em cunha (sphenos é uma palavra grega que significa cunha). Em 1982, a Internatinal Mineralogical Association (IMA) desconsiderou o nome esfênio, adotando titanita como o nome padrão para este mineral. Porém, o nome esfênio é ainda utilizado em alguns locais, principalmente na Europa, sendo mais adotado para a variedade gemológica da titanita.
É um mineral acessório comum em rochas ígneas, sendo muitas vezes o principal portador de titânio nestas rochas. Também é um mineral frequente em rochas metamórficas.
HÁBITO: Geralmente losangular ou lenticular, também ocorrendo em hábito granular.
COR: Incolor, acastanhado e amarelado. Possui um fraco pleocroísmo entre tons fracamente amareados e acastanhados nos cristais coloridos.
CLIVAGEM: Prismática (110), porém a clivagem é raramente observada em lâmina delgada, sendo mais comum a ocorrência de fraturas.
RELEVO: Muito alto.
BIRREFRINGÊNCIA/CORES DE INTERFERÊNCIA: Muito alta, apresentando tonalidades esbranquiçadas de quarta ordem. As vezes as cores de interferência são mascaradas devido a cor do mineral.
MACLAÇÃO: Normalmente simples, com maclas dividindo o cristal em duas partes seguindo a diagonal mais longa.
SINAL ÓPTICO: Biaxial (+) com 2V pequeno a moderado.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES: Leucoxênio.
OCORRÊNCIA: A titanita é comum tanto em rochas ígneas quanto em metamórficas. Em rochas magmáticas plutônicas ácidas a intermediárias (como granitos, granodioritos, tonalitos, sienitos e nefelina sienitos) é o principal portador de titânio entre os minerais destas rochas. Nas rochas metamórficas se formam em uma grande variedade de pressões e temperaturas, sendo comum em gnaisses e xistos ricos em minerais ferromagnesianos e em rochas calciosilicáticas e escarnitos. Também pode ocorrem em rochas sedimentares, ocorrendo principalmente como um mineral detrítico.
Titanite. Disponível em: http://www.alexstrekeisen.it/english/pluto/titanite.php. Acesso em: 14/11/2019.
Deer, W.A., Howie, R.A., Zussman, J. An introduction to the Rock-forming Minerals. 2 ed. London: Wiley, 1992.
Evangelista, J.E. Petrologia Metamórfica: Propriedados ópticas e ocorrência dos principais minerais metamórficos. Ouro Prteo: [s.n.], 2001.
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Handbook of Mineralogy: http://www.handbookofmineralogy.org/pdfs/titanite.pdf
WebMineral: http://www.webmineral.com/data/Titanite.shtml#.Xc01jFdKiUk
Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert: https://museuhe.com.br/mineral/titanita-titanite/
Vídeo aulas do professor Heinrich Frank: https://www.youtube.com/playlist?list=PL5k_2NCH5I4AsHhEuE04emL_PMRVtYoST