Apatita (Apatite) - Laboratório Arkad

Apatita

A apatita é um fosfato de cálcio com composição química Ca5(PO4)3(F,Cl,OH), formando uma solução sólida com membros finais fluorapatita (rico em F), cloroapatita (rico em Cl) e hidroxiapatita (rico em OH). Abraham Gottlob Werner nomeou este mineral entre 1780 e 1790 (não se tem certeza qual foi a data exata). O nome deste mineral derivou da palavra grega aπasάω (transliterada como apatein), que significa “enganar”, pois esta era uma variedade mineral que era normalmente confundida com outros minerais pelos mineralogistas da época.

É um mineral acessório comum em muitas rochas ígneas e metamórficas, geralmente se formando como pequenos cristais, também estando presente em rochas sedimentares.

Propriedades diagnósticas

HÁBITO: Prismático longo ou acicular, com seções basais hexagonais.

COR: Incolor.

CLIVAGEM: Ruim.

RELEVO: Moderado.

BIRREFRIGÊNCIA/CORES DE INTERFERÊNCIA: Muito baixa, geralmente em tonalidades acinzentadas de primeira ordem. Quando elementos radioativos substituem o cálcio em sua estrutura cristalina, tende a se tornar isotrópica.

EXTINÇÃO: Paralela ao maior eixo nos cristais alongados.

SINAL ÓPTICO: Uniaxial (-), raramente é biaxial (-), com ângulo 2V pequeno.

ELONGAÇÃO: (-)

OCORRÊNCIA: A apatita é um mineral acessório comum em rochas ígneas e metamórficas, sendo o mineral portador de fósforo mais comum nestas rochas. Ocorre em quase todas as rochas ígneas, desde rochas máficas a félsicas, sendo muito comum a sua ocorrência como pequenos cristais. Em carbonatitos, este fosfato ocorre em maior quantidade quando comparada a outras rochas ígneas. Em rochas metamórficas, ocorre no metamorfismo regional e de contato em todos os graus metamórficos. Em rochas sedimentares, cristais de apatita ocorrem tanto como detríticos quanto como primários (formados por deposição química). Quando uma rocha sedimentar é formada por mais de 80% de fosfatos (grande parte deles sendo cristais de apatita) ela é chamada de fosforito.